A seleção brasileira escancarou sua magia a partir de 1958, na Suécia, quando conquistou a Copa do Mundo pela primeira vez. Depois disso, a bola, que nascera no início do século passado trazendo uma bexiga de boi no miolo, ganhou sofisticação. E, para aparecer na TV, exibiu-se na Copa de 1970 cheia de pentágonos pretos e brancos para ter visualização na telinha. A bexiga de boi já era. A bola da vez queria os holofotes.
O Brasil, que repetiu em 1962 a dose da primeira conquista, dormiu por uma edição e chegou ao torneio de 1970 repleto de craques. Formou então um time tido pelos especialistas como o melhor de todos os tempos. A bola não poderia estar melhor acompanhada. Estavam ali jogadores como Gérson, Tostão, Clodoaldo, Rivelino, Jairzinho e Pelé.
A bola, que pela primeira vez pôde se mostrar na TV para o Brasil inteiro, não se cabia em si, ainda mais depois que a seleção trouxe o caneco para casa. A indústria de material esportivo, que já percebera em que negócio estava se metendo, dobrou-se ainda mais na busca da bola perfeita.
Duas copas depois, na corrida para levar bolas, chuteiras e camisas para os atletas espalhados pelo mundo, a empresa Adidas foi a mais veloz e passou a ser a fornecedora da Fifa. Em 1978, a marca Tango lançou uma bola que misturava couro e poliuretano. Parecia que a bola estava definitivamente pronta para o espetáculo. Parecia. Esse só foi apenas mais um capítulo da história da bola. Será que um dia termina?
Nenhum comentário:
Postar um comentário